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Mostrando postagens de abril, 2011

As classes perigosas

A crescente violência social brasileira encontra-se em estudo e debate. Mesmo com as mudanças no regime e na organização do Estado persistem sintomas de uma crescente violência que não se explica apenas por razões conjunturais. O que faz, para um governo de esquerda, a violência social ser considerada um tabu e um desafio dilacerante. Os ingleses no cenário da revolução industrial cunharam a existência de uma nova casta que surgiria nos retalhos da sociedade industrial: “as classes perigosas”. Fenômeno típico das sociedades modernas que produzem multidões de excluídos, de onde segmentos abastados, fiadores de outro modelo de crime se abastecem para compor suas legiões de criminosos. Acontece que esta nova classe social é composta em sua maioria de negros, brancos, jovens, pobres das grandes periferias das cidades. No Brasil, esta expressão ficou conhecida através do belíssimo estudo do ensaísta alagoano Alberto Passos Guimarães. Não sejamos

As classes perigosas

A crescente violência social brasileira encontra-se em estudo e debate. Mesmo com as mudanças no regime e na organização do Estado persistem sintomas de uma crescente violência que não se explica apenas por razões conjunturais. O que faz, para um governo de esquerda, a violência social ser considerada um tabu e um desafio dilacerante. Os ingleses no cenário da revolução industrial cunharam a existência de uma nova casta que surgiria nos retalhos da sociedade industrial: “as classes perigosas”. Fenômeno típico das sociedades modernas que produzem multidões de excluídos, de onde segmentos abastados, fiadores de outro modelo de crime se abastecem para compor suas legiões de criminosos. Acontece que esta nova classe social é composta em sua maioria de negros, brancos, jovens, pobres das grandes periferias das cidades. No Brasil, esta expressão ficou conhecida através do belíssimo estudo do ensaísta alagoano Alberto Passos Guimarães. Não sejamos românticos. Crimes e criminosos exi

A CORAGEM

A coragem Borda o vértice da língua e o transforma em ato Uma gota de dor distrai a sina e impõe o fato O mistério do primeiro leito! Uma herança trágica! Faz o medo mudar de conceito numa imponência mágica A coragem abandona a rima Como abandona o conhecido A coragem é a vitoria do amanhecer O senão do caminho Bordando redes em noites de lua cheia A coragem ergue a espada e diz: Tenho que fazer algo agora! E faz...

O MEDO

O medo doma o mar e arremata tapas na água a que chamamos ondas O medo foge do futuro e nos atinge em cheio no centro da coragem O medo vem como águas fortes derrubam pedras como cachoeiras O medo, Não tem medo. ... ele sempre vem...